O diretor técnico do Hospital Tarquínio Lopes Filho, Newton Gripp, disse nesta terça-feira (2) que o índio da etnia Gamela, ferido no araque do domingo (30), não teve suas mãos decepadas, mas sim que apresenta graves lesões.

“Ele teve lesões profundas por arma branca nos antebraços, mas não decepou as mãos dele como havia sido divulgado”, afirmou. Outros dois índios seguem internados no mesmo hospital – um deles tem traumatismo craniano e o outro fraturas exposta causada por espancamento.

A Pastoral da Terra, a Comissão de Direitos da OAB-MA e o Conselho Indigenista Missionário (Cimi) seguem relatando, entretanto, que a mão do índígena foi decepada a golpes de facão e que ele levou um tiro no peito.

A Secretaria de Estado de Saúde chegou a confirmar o fato, mas na noite de segunda-feira (1º), em nova nota, disse que “o índio Aldelir de Jesus Ribeiro, gamela de 37 anos, sofreu ferimentos com arma branca nos antebraços, apresentando fratura externa e também ferimentos por arma de fogo no tórax direito com fratura de costela”.

O conflito ocorreu na área do povoado Bahias, no município de Viana, a 220 km de São Luís, no domingo. Segundo a Pastoral da Terra, pelo menos dez índios ficaram feridos durante o confronto.