Decisão reforça tese de perseguição política contra Josimar, mas não isenta ‘roubalheira’ em prefeituras.

A decisão proferida na última sexta-feira (22) pelo desembargador Antônio Fernando Bayma Araújo, decano do Tribunal de Justiça do Maranhão (TJ-MA), que suspendeu operação do Gaeco contra o deputado federal Josimar Maranhãozinho, do PL, reforça, sem sombra de dúvidas, a tese de perseguição política pelo Estado.

A versão foi sustentada pelo parlamentar desde o principio, e ganhou força após declarações de alguns renomados advogados e até mesmo de um desembargador (REVEJA).

Segundo os juristas, o justiça de primeiro grau não teria competência para proferir decisões uma vez que à época das investigações Josimar era deputado estadual e, portanto, detinha privilégio do foro.

Passado exatos 16 dias após cumprimento dos mandatos de buscas expedidos pelo juiz Ronaldo Maciel, da 1ª Vara Criminal de São Luís, a justiça não só suspendeu como também determinou a devolução de todos os bens apreendidos, além de barrar novas investigações no âmbito da Maranhão Nostrum até julgamento do mérito pelo Tribunal.

Apesar de claramente revelar conotação política da operação, a decisão não isenta a ‘roubalheira’ desenfreada mantida pelo parlamentar em prefeituras há vários anos. Essa, inclusive, seria responsável por hoje o colocar entre os maiores políticos do Estado.

Apesar de ter desvendado e desbaratado apenas uma parte pequena do ‘quadrilhão’, as investigações puderam revelar ao cidadão comum de onde vem todo poderio financeiro de Josimar. E esse é apenas a ponta do iceberg…