Abusando do seu arsenal de indiretas para mandar seus recados, o governador Flávio Dino (PSB) disparou mais uma na sua conta no Twitter: “Bloqueio de estradas; invasão do Ministério da Saúde por bolsonaristas; crise nos mercados. São sinais de que Bolsonaro perdeu qualquer condição de se manter no governo. E não adianta ficar pensando em ‘emendas‘ nessa hora, pois daqui a pouco nem isso vai andar”. 

Além de deputados federais, o disparo tem outro endereço: o Senado. Pelo menos dois dos três senadores maranhenses fazem malabarismos para garantir a liberação de suas emendas, que não são poucas. 

Aliados do senador Weverton Rocha (PDT) falam abertamente do volume de recursos que o senador teria para movimentar em prol da sua sonhada candidatura ao governo do estado. “O que o Weverton tem é muito maior do que o Brandão vai ter para movimentar quando ele for governador a partir de Abril”, esbravejou efusivo o deputado estadual Marcos Caldas ao editor do blog. 

E, de fato, Weverton mantém relação estreita com o bolsonarismo através do seu compadre Willer Tomaz, advogado mais badalado dos bastidores do poder no cenário nacional (relembre aqui uma das) e com o próprio Flávio Bolsonaro, filho do presidente, cujas relações facilitam, de alguma forma, a liberação dessas emendas. 

Já o senador Roberto Rocha (sem partido) é conhecido no meio por atuar de forma ainda mais agressiva na operação dessas emendas. Na ponta, quem recebe essas emendas chega a evitar “fechar negócio” com o parlamentar por conta do “modus cobrandi”.

Roberto Rocha é declaradamente bolsonarista, porém, sem o espaço sonhado com o presidente. Numa recente visita de Bolsonaro ao Maranhão, ele foi flagrado correndo atrás do carro que levava o “Mito”, no intuito de cumprimentá-lo. A cena causou inveja aos “malas” que “ferram” os políticos na porta das sedes dos poderes. Deprimente.