Governo Federal anuncia envio de 600 mil testes ao Maranhão após casos de variante indiana.

O Ministério da Saúde anunciou, neste sábado (22/5), uma série de medidas para tentar evitar a disseminação da variante indiana da covid-19 no Brasil. Uma das ações da pasta será o envio de 600 mil testes rápidos ao Maranhão, estado em que foram confirmados os primeiros casos de pessoas infectadas no país com a cepa B.1.617, na última quinta-feira (20).

Em coletiva à imprensa, o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, explicou que o objetivo da pasta é rastrear possíveis novos casos de infectados com a variante que surgiu da Índia para evitar que haja a transmissão comunitária da cepa originária do país asiático. Os testes serão aplicados no aeroporto de São Luís, em rodoviárias da cidade e outros pontos que registrem entrada e saída de passageiros.

Segundo o ministério, qualquer pessoa que apresentar o diagnóstico positivo para covid-19 fará mais um teste para identificar se está contaminada com a cepa proveniente da Índia. A partir daí, a pasta aconselhará o paciente a cumprir quarentena e tentará rastrear todos que tiveram contato com o infectado para monitorar se mais pessoas contraíram a variante B.1.617.

Queiroga disse que a cepa da Índia tem causado preocupação e que a testagem pode evitar que a variante se espalhe rapidamente. De toda forma, ele comentou que ainda não há indícios de que a variante B.1.617 esteja em transmissão comunitária. “Estamos buscando tudo isso para avaliar esses casos e buscar conter a possível transmissão comunitária desse vírus.”

Contudo, devido aos riscos que o país corre com a aparição de uma forma mais agressiva da covid-19, o ministro frisou que é importante o respeito às medidas de proteção pessoal, como o uso de máscaras faciais e higienização das mãos, e de distanciamento físico.

“Essas recomendações são para todos, independente de variante indiana ou não. Quem tem suspeita de síndromes gripais deve evitar se deslocar de um estado para o outro e procurar as autoridades sanitárias. Todos devemos nos irmanar para procurar conter a circulação do vírus, seja a variante indiana, a de Manaus, a do Reino Unido”, destacou Queiroga.