Carregando uma rejeição popular que ultrapassa a casa dos 70%, conforme revelou recente pesquisa do Instituto Escutec, o prefeito Eudes Sampaio (PTB), do município de São José de Ribamar, tenta desesperadamente desligar a sua imagem dos governos dos ex-prefeitos Gil Cutrim (PDT) e Luis Fernando Silva (sem partido), que acumulam uma desaprovação de aproximadamente 80% e 60%, respectivamente, segundo a própria Escutec.
Sampaio, que é cearense, chegou ao cúmulo e emplacou na blogosfera, através da sua assessoria, texto afirmando que ele possui “boa popularidade” e que está vivendo um “bom momento administrativo”.
No release, travestido de opinião, criticou – pasmem – o seu criador, Luis Fernando.
Uma clara tentativa – e talvez até combinada com o próprio LF – de desvincular a sua gestão das anteriores.
Mas a recente história política de Ribamar desmente Eudes Sampaio. Ele está umbilicalmente ligado a Cutrim e Luis Fernando e também é culpado pelos caos que se instalou na cidade do Santo Padroeiro nos últimos anos.
Nas primeiras administrações de Luis Fernando (2005 a 2008 e 2009 a 2010), ele foi secretário municipal da Receita e do Patrimônio Público Imobiliário e um dos principais conselheiros do ex-aliado do grupo Sarney.
Em 2012, foi eleito vice-prefeito na chapa encabeçada por Cutrim, que renovou o mandato.
Após o rompimento político entre GC e LF, passou quatro anos conspirando contra o filho do conselheiro Edmar Cutrim. Como prêmio de consolação, em 2016, foi eleito novamente vice-prefeito, agora na chapa liderada pelo amigo LF.
Sem os recursos robustos que o beneficiaram em outra época, Luis Fernando arregou e no começo deste ano renunciou pela segunda vez ao cargo, numa clara traição ao povo que o elegeu.
A rejeição gigantesca que Sampaio sofre do povo ribamarense também é reflexo do que ele fez [ou deixou de fazer] nos verões passados.
Portanto, não adianta agora tentar posar de bom moço e de salvador da pátria.
Afinal, mentir é pecado e São José pode castigar.
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