Prefeito Umbelino Ribeiro e Secretário Cláudio Hipólito na mira dos Órgãos de Controle.

Documentos obtidos pelo Blog do Maldine Vieira nesta quarta-feira (14) junto ao Tribunal de Contas do Estado do Maranhão (TCE-MA), mostram que o secretário municipal de saúde de Turiaçu-MA, Manoel Cláudio Hipólito, usou a própria irmã, Luzia Cristiana Hipólito, para desviar cerca de R$ 650 mil dos cofres do município.

A trama aconteceu em 2016, ano político em que o prefeito Umbelino Ribeiro conseguiu seu terceiro mandato.

Os desvios aconteceram através da empresa Livraria e Papelaria Progresso Eireli, localizada em São Luís, e registrada em nome de Luzia Hipólito.

Luzia Cristina Hipólito consta como sócio administrador da livraria de fachada.
Empresa existe apenas no papel.

Tudo começou em julho daquele ano, exatamente três meses antes da eleição, quando a livraria de fachada ganhou uma licitação no valor R$ 928,112,00 mil, para aquisição de materiais de expediente, didáticos, e informática.

Empresa de fachada da irmão de Cláudio Hipólito ganhou contrato de quase R$ 1 milhão do dia para noite.

Daí pra frente, já se aproximando o período eleitoral, a empresa passou emitir notas fiscais fictícias para lavar dinheiro dos cofres da prefeitura. Dinheiro esse que, mais tarde, seria usada na campanha do próprio prefeito.

Para se ter ideia das atrocidades cometidas, a empresa chegou emitir, em menos de um mês, quatro notas que juntas somavam exatos R$ 223 mil.

Para justificar os valores astronômicos, a empresa superfaturava de maneira grotesca a quantidade dos objetos que, na prática, deveriam ser fornecidos.

Em algumas das notas fiscais por exemplo, era possível observar a compra de 2.900 caixas para arquivo morto, 18 mil caixas de clips, que soma quase R$ 1 milhão unidades, e até 530 caixas de canetas com 50 unidades cada, o que totaliza exatas 26.500 mil unidades. Um verdadeiro absurdo.

Para lavar o dinheiro com rapidez, empresa superfaturava de maneira grotesca a quantidade dos objetos.

Tamanha discrepância no entanto, foi barrada em novembro do mesmo ano após o Ministério Público de Contas entrar com uma representação junto a Corte de Contas, pedindo a imediatada suspensão dos pagamentos à empresa.

No dia de 1 de julho deste ano, Umbelino Ribeiro e Cláudio Hipólito chegaram pedir o arquivamento da representação, sob a alegação de que houve a rescisão contratual, suspensão de pagamentos contratação com a empresa. Mas, para o MPC, ainda que o contrato tenha sido rescindido e os pagamentos suspensos, o dano ao erário se materializou, e o prejuízo ao erário público soma R$ 642 mil.

Veja a decisão abaixo: