Professores da rede municipal de ensino entraram no terceiro dia de greve em São Luís. A categoria pede um aumento salarial de 7,64%, além de melhorias nos prédios e a construção de mais escolas e creches.

A presidente do sindicato, Elizabeth Castelo Branco, explica a categoria cobra a reforma de escolas por meio do dinheiro do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), que foi repassado para a Prefeitura de São Luís. “Não só melhoria com as escolas que já existem, mas principalmente o recurso que veio do FNDE para a construção de 25 creches, 20 escolas e 9 quadras. É isso que nós queremos”, explica.

Os professores estão aderindo a paralisação aos poucos. Algumas escolas que ainda não aderiram ao movimento, estão recebendo a visita da blitz do sindicato dos professores, que estão ouvindo as reclamações da categoria e em seguida, fecham a escola.

O Sindicato dos Professores (Sindeducação) afirma que o ano letivo ainda nem começou em pelo menos 30 escolas municipais e ainda de acordo com os professores, cerca de 90% das escolas apresentam algum tipo de problema. Em muitas outras, por conta da situação precária, os alunos foram transferidos para anexos que estão localizados em prédios antigos e sem nenhum tipo de estrutura.

Na Unidade de Ensino Básico Alberto Pinheiro, no centro de São Luís, os alunos foram transferidos da sede oficial que entrou em reforma após permanecer fechado por anos, para um outro prédio que apresenta graves problemas estruturais na fachada, com muitas rachaduras e parte do reboco está caindo.

Luís Fernando Farias, morador da região há mais de 20 anos, afirma que a sede oficial que passou anos fechada, só entrou em reforma há apenas três meses. “Está com três meses que ela entrou em reforma, então eu acho que está vindo aí um ambiente mais adequado para os alunos. Depois de muito tempo, de uns cinco ou seis anos”, conta.

A Secretaria Municipal de Educação (Semed), afirmou em nota, que até o fim do ano 120 escolas serão reformadas em São Luís. O órgão afirmou que mantém diálogo permanente com os professores e que concedeu reajuste de 39% no acumulado dos últimos quatro anos. A Semed não se pronunciou sobre a denúncia do sindicato de que o ano letivo não teve início em 30 escolas.

(Informações do G1;MA)