Técnicos e auxiliares de enfermagem fizeram um protesto em frente ao hospital Clementino Moura (Socorrão II), protestando sobre as condições de trabalho e alegando que estão há três meses sem receber salários.

De acordo com os manifestantes, cerca de 90% dos profissionais de saúde que trabalham no Socorrão II e nos hospitais municipais da capital, são contratados temporariamente e não possuem alguns direitos básicos, como vale alimentação, vale transporte, dentre outros.

O ato que, segundo eles, é apenas de advertência pode mudar de cenário caso a Prefeitura de São Luís e a Secretaria Municipal de Saúde não se manifestem sobre a situação dos trabalhadores. Segundo a presidente do Sindicato dos Auxiliares e Técnicos em Enfermagem e Trabalhadores em Estabelecimentos de Saúde do Estado do Maranhão (Sindisaúde), Dulce Sarmento, não houve posicionamento da prefeitura e os manifestantes estão fazendo esse ato desde as 6h da manhã desta sexta-feira (9).

Segundo a Dulce Sarmento, os profissionais de saúde não estão manifestando somente por conta dos salários e sim por condições de trabalho mais dignas. “Para todos do Socorrão, os pacientes estão aguardando um procedimento em uma maca no chão, queremos dignidade e nossos direitos, mas também queremos condições de trabalho”

Outra funcionária, Luzia Luz diz “Hospital Socorrão e outros vivem por conta de contratos temporários. É uma situação precária aqui dentro do Socorrão, os pacientes estão jogados no chão, para fazer uma medicação a gente tem que se abaixar no chão. É uma situação terrível”, disse.

Segundo Luzia, eles recebem cerca de 800 reais e tem que lidar com todos os gastos, como vale transporte e alimentação, dentro desse valor, afinal estão com contratos irregulares. Segundo ela, até agua para beber eles precisam comprar. Ela ainda diz “Nós vamos partir para uma greve indeterminada caso a direção do hospital e o prefeito Edvaldo Holanda não dê uma solução para a gente”. Ela ainda diz que foram ameaçadas e que nos hospitais, apenas os funcionários concursados estão trabalhando.

Outra sonora: “Queremos nossos direitos, carteira assinada, vale transporte! Hoje nós fizemos essa movimentação pedindo nossos direitos, nós estamos aqui fazendo um trabalho escravo. Nós estamos chamando a atenção da população de São Luís para isso”.

(Informações do G1;MA)