Notas promissórias revelam caixa 2 na campanha de deputado federal maranhense

Notas promissórias revelam caixa 2 na campanha de deputado federal maranhense.

Documentos obtidos com exclusividade pelo Blog do Maldine Vieira nesta quarta-feira (16), revelam a existência de caixa 2 durante na campanha eleitoral do deputado federal maranhense Júnior Lourenço (PL).

São pelo menos cinco notas promissórias que juntas somam quase R$ 1 milhão.

As notas são assinadas pelo assessor do deputado, Diego Freitas, dono das empresas de fachada D. Freitas Figueiredo Entretenimento e Gold Comércio.

Conhecido como ‘homem da mala’, Diego era responsável pela captação de dinheiro para irrigar a campanha do hoje deputado. Com autorização de Júnior Lourenço, o assessor chegou aplicar golpes em locadoras da capital para empenhar os carros com agiotas. (REVEJA).

Embora ainda não exista uma lei específica para caixa dois, ele se enquadra na Lei do Colarinho Branco, Lei contra Crimes Tributários e ainda como falsidade ideológica.

Entretanto, a Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado aprovou, em junho deste ano, o projeto que criminaliza o caixa dois e estipula pena de até cinco anos de prisão, podendo chegar a oito anos e quatro meses em alguns casos.

A proposta de criminalização faz parte do pacote anticrime elaborado pelo ministro da Justiça, Sérgio Moro, que foi reapresentado no Senado por Eliziane Gama (PPS), devido à tramitação lenta na Câmara.

O projeto define como crime “arrecadar, receber, manter, movimentar ou utilizar” recursos e bens que não tenha sido declarados na prestação de contas, como é o caso do parlamentar maranhense.

Além das notas promissórias, o assessor é suspeito de ter dado vários cheques em troca de dinheiro para a campanha eleitoral de Júnior Lourenço, o que também configura caixa 2.

Veja as notas:

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  1. Djalma

    Senhor Maldine,
    Tenho certeza de que há muito mais documentos comprometedores dessas ilegalidades, e espero que o senhor continue sendo voz de tantos que precisam de espaço para seus clamores, porque são muitos os prejudicados, e raros os que conseguem eco aos seus justos lamentos.
    As vítimas esperam e confiam no ‘milagre’ do cumprimento de tratos (?) e acordos (?) feitos, através de interpostas pessoas, que ‘representam’ (?) os inadimplentes, indevidamente acreditando no pagamento das dívidas. Absurdo, com e sem duplo sentido.
    Este caso não é ‘apenas’ para execução da dívida, na via judicial, mas para a pronta intervenção do MPF, MPE, GCU, TCE, dentre outros. Porque o fio dessa meada leva a meandros inimagináveis das mazelas e da precária administração municipal de cidades que fazem compras com vícios (para dizer o mínimo), executam obras e serviços beneficiando amigos, assombram a decência com locações mirabolantes, onerosas, perigosas e prejudiciais aos cofres públicos.
    E os agiotas que sempre se locupletam como agentes do mal? Terrível!! Porque a mãe/madrasta de tudo isso são as (mal)ditas emendas parlamentares, que deveriam ser a fonte maior do crescimento de um Estado e da Nação. Infelizmente, nada disso há! Parabéns por publicar, pela coerência, pela coragem de enfrentar poderosos, pela decência de sempre querer o bem comum. O Maranhão vai agradecer a você, caro reporter e jornalista.

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