Professores da rede municipal de ensino da cidade de Santa Rita, localizada na chamada nova região metropolitana de São Luís, deflagraram greve geral e por tempo indeterminado.

A categoria reivindica da gestão do prefeito Hilton Gonçalo (Avante) uma série de benefícios que, segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Estabelecimentos de Ensino e dos Servidores Públicos de Santa Rita (SINTESP-SR), estão sendo tolhidos pela administração municipal.

A paralisação teve início na última quarta-feira (08), sendo que os docentes continuam mobilizados e realizando diuturnamente atos de protesto com o objetivo de chamar a atenção da sociedade para a falta de respeito para com a categoria, além do que está sendo classificado como caos instalado no setor educacional da “terra da farinha”.

De acordo com Gilmar Garcia, presidente do SINTESP-SR, até o momento prefeito e a Secretaria Municipal de Educação negam-se a dialogar com a classe, o que vem prejudicando cerca de nove mil alunos, que estão sem aulas.

“Antes de iniciarmos o movimento, que é o direito garantido em lei para os mais de 400 professores de Santa Rita, demos 72 horas de indicativo. Ou seja, um prazo razoável para que a administração municipal se disponibilizasse a dialogar. Já fomos procurados pela Câmara de Vereadores e hoje teremos uma reunião com os membros da Comissão de Educação. Porém, por parte da administração municipal, até agora nada”, disse.

Os professores estão reivindicando pagamento de férias; reimplantação da gratificação de exercício da função em localidade de difícil acesso; implantação da progressão vertical; publicação imediata do Plano de Cargos, Carreiras e Salários; retorno do recolhimento e repasse da contribuição sindical mensal dos sócios do Sindicato; redução da carga horária; dentre outras.

Precariedade – Em uma nota encaminhada às famílias dos estudantes, antes da deflagração do movimento, o Sindicato também expos o cenário de precariedade estabelecido no setor educacional do governo Hilton Gonçalo.

E trata-se de uma situação bem diferente da divulgada pelo prefeito em alguns veículos de comunicação de São Luís.

“Dentre os vários problemas enfrentados pelos alunos diariamente poderíamos citar: falta de merenda escolar, e quando é servido alguma coisa é de péssima qualidade – com isso muitos das vezes os alunos são liberados antes do horário normal; transporte escolar irregular; desclimatização das escolas; escolas com infraestrutura em péssimas condições; dentre outras”, relatou a entidade.

Via Blog do Gláucio Ericeira