A Polícia Civil do Maranhão investiga um esquema de emissão de diplomas falsos em escolas da Região Metropolitana de São Luís. Mandados de busca e apreensão foram cumpridos, na terça-feira (24), em uma escola alvo da operação e na casa de um suspeito.

Pelo menos cinco diplomas com indícios de falsificação foram apreendidos e várias pessoas foram identificadas como integrantes do esquema. A Superintendência Estadual de Combate à Corrupção (Seccor) não revelou os nomes dos envolvidos nem da escola com o argumento de não atrapalhar as investigações.

Os mandados de busca e a apreensão foram executados em uma escola na qual o proprietário é um dos principais suspeitos de emitir os documentos falsificados, e na residência do mesmo. Pela investigação, o proprietário (e diretor) desta escola falsificou documentos em nome de outra instituição.

O celular do proprietário da escola alvo da operação, três notebooks e outro computador foram apreendidos e encaminhados à perícia para comprovar as denúncias e saber se outras instituições estão envolvidas.

As investigações começaram depois que o Ministério Público do Maranhão solicitou à polícia que apurasse a informação de que uma escola comunitária do bairro Anjo da Guarda, em São Luís, estava emitindo diplomas falsos.

Segundo o delegado Eliéser Lima da Silva, o preço informado em depoimento pelos investigados é bem abaixo do que a polícia acredita que de fato foi usado na compra do documento.

“Eles disseram que não identificariam a pessoa, mas que eles conseguiram por meio de contato nas redes sociais, principalmente em aplicativos de mensagens. Nos afirmaram que compraram por uma quantia irrisória de R$ 300, mas suspeitamos que seja bem mais, pois hoje pra uma pessoa cursar um ensino médio, ela vai gastar muito mais”, disse.

As pessoas, entre alunos e seus respectivos responsáveis, que encomendaram o serviço criminoso estão sendo investigados e podem responder por crimes relacionados ao esquema.

“Quem compra (o diploma) também está comentando o crime de falsidade ideológica. É um documento verdadeiro com uma informação falsa, pois o aluno de fato nunca cursou aquela série ou as vezes ficou reprovado. Aí ele consegue o diploma desta forma para se inscrever numa faculdade ou mesmo um diploma do ‘primeiro grau’ para cursar o ‘segundo grau’”, disse o delegado.

O trabalho policial deve ser concluído em até 30 dias. A Secretaria de Estado da Educação (Seduc) repassou toda documentação solicitada pelos policiais, como histórico escolar de suspeitos de integrarem o ciclo criminoso, o que ajuda bastante o inquérito.

Do G1,MA