A parceria entre a prefeitura de São José de Ribamar e a Escola de Samba Acadêmicos do Tatuapé, que sagrou-se bicampeã do Carnaval de São Paulo, este ano, com um enredo homenageando o Maranhão, tornou-se alvo de denúncia proposta ao Ministério Público Estadual.

A denúncia, com pedido de investigação, apontando suposto ato de improbidade administrativa praticada pelo prefeito Luis Fernando Silva (PSDB), foi formulada nesta terça-feira (20), na 1ª Promotoria de Justiça da Comarca de São José de Ribamar, cuja titular é a promotora Elisabeth Albuquerque de Sousa Mendonça, pelo suplente de vereador e presidente do PRP na cidade do santo padroeiro, Guilherme Mulato.

Na peça encaminhada ao Parquet, Mulato questiona versões diferentes dadas pelo prefeito tucano e pelo presidente da agremiação, Eduardo dos Santos, e provoca o MP no sentido de apurar como, de fato, estabeleceu-se a parceria.

Ocorre o seguinte: antes do Carnaval, o prefeito de São José de Ribamar convocou entrevista coletiva na qual anunciou que o município seria homenageado pela Acadêmicos do Tatuapé.

Na ocasião, Luis Fernando garantiu que a prefeitura não gastaria nenhum centavo com a homenagem.

Após o resultado que confirmou o bicampeonato da agremiação paulista, Eduardo dos Santos, em entrevista a vários sites nacionais, afirmou que a Escola recebeu, sim, o apoio da prefeitura ribamarense.

“Tivemos apoio sim de algumas empresas e da prefeitura de São José do Ribamar”, disse o presidente da Escola à época.

Eduardo dos Santos e outros integrantes da Tatuapé, antes e depois do Carnaval, estiveram em São José de Ribamar participando de apresentações.

“Diante da contradição entre o Prefeito do Município de São José de Ribamar, Luís Fernando Moura da Silva, que afirma que não houve custo algum ao erário público, e do outro lado, o Presidente da Escola de Samba Paulista, Eduardo dos Santos, que afirma que recebeu apoio de algumas empresas e PREFEITURA DE SÃO JOSÉ DE RIBAMAR, é preciso que se abra investigação para apurar se houve crime, e quais crimes foram cometidos pelo gestor municipal e pelo presidente da Escola de Samba”, afirma um dos trechos da denúncia que solicita, caso seja comprovada ilicitude, que o atual prefeito perca a função pública; pague multa e fique inelegível por um período de até dez anos.