O pistoleiro Jhonathan de Sousa Silva – condenado a 25 anos de prisão pelo assassinato do jornalista Décio Sá – disse em depoimento à Polícia Civil que matou o detento Alan Kardec Mota porque estava sendo ameaçado de morte. O crime ocorreu domingo (7), no presídio São Luís 4.

Jhonathan Silva afirmou que as ameaças ocorriam desde 2016. O homicida contou “que, depois que foi ameaçado de morte, teve um desentendimento com Alan Kardec em um jogo de bola, sendo necessária a intervenção de outros internos para separar a briga; que Alan Kardec gritava para os internos apoiarem ele”, relatou Jhonathan.

Silva relatou ainda que há duas semanas se desentendeu com Alan Kardec em um jogo de xadrez, tendo ele dito para outro interno que resolveria com o interrogado suas diferenças na quadra, porque, se não fosse do jeito dele, iria esfaqueá-lo.

“Quando se encontrava em sua cela, uma noite antes do crime, ouviu o barulho de amolar de facas, mas não sabia de qual cela vinha. Na manhã, quando foi ao banheiro, encontrou um chuço no chão, próximo ao vaso sanitário. Pegou o chuço, indo em direção a Alan Kardec, e desferiu um golpe na região do peito”, relatou.

Jhonathan de Sousa retornou à Unidade Prisional de Ressocialização de São Luís (UPSL 4), onde estava custodiado em uma cela individual, em regime diferenciado. Segundo informações, ele retornou ao mesmo xadrez onde estava, justamente onde encontrou, no banheiro, o pedaço de ferro que foi transformado em arma usada para assassinar Alan Kardec.

O criminoso matou Alan Kardec Dias Mota com golpes de ferro no peito, por volta das 7h30 do domingo, no horário do banho de sol. O detento ainda chegou a ser levado para o Hospital Municipal Dr. Clementino Moura (Socorrão II), mas não resistiu e morreu no fim da tarde.

Com informações de O Estado