Diferente do que tenta fazer parecer ao apresentar uma certidão da Comissão e Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara (saiba mais), o governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), atuou fortemente a favor dos interesses da Odebrecht enquanto foi relator do Projeto de Lei nº Projeto de Lei 2.279/2007.

Segundo José de Carvalho Filho, ex-funcionário da Odebrecht que delatou o comunista, foi na condição de relator dessa proposta – apresentada para garantir segurança jurídica a investimentos da empreiteira em Cuba – que Dino acertou o recebimento de R$ 400 mil de propina para a sua campanha eleitoral de 2010. O governador nega a acusação.

Constam do documento encaminhado pelo procurador-Geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), detalhes da negociação.

Segundo o delator, Flávio Dino “chegou até a acatar sugestões feitas pela ODEBRECHT para aprimorar o projeto de lei”. José de Carvalho Filho acrescenta que foi o próprio governador quem pediu ajuda financeira para a campanha e que foi João Antônio Pacífico Ferreira, diretor superintendente para as áreas Norte, Nordeste Centro Oeste da Odebrecht, quem definiu o valor de R$ 400 mil.

O delator fez ainda outras revelações: disse ele “que FLÁVIO DINO não questionou a modalidade de pagamento” e que, como sairia da Câmara para candidatar-se a governador, assumira o compromisso de trabalhar pela indicação do deputado Chico Lopes (PCdoB-CE) como seu substituto na relatoria da matéria.

O que efetivamente ocorreu…

Baixe aqui a íntegra do pedido da PGR.

Blog do Gilberto Léda.